II Etapa/2014

 

A II Etapa/2014 do Projeto WebEducaçãoSexual tem como temática central Educação, Tecnologia e Sexualidades e contará com 5 webinares, voltadas a reflexões sobre potencialidades de utilização e alertas para a presença das tecnologias digitais no processo de educação sexual do público infanto-juvenil.

 

Nesta II Etapa do Projeto WebEducaçãoSexual pretendemos:

  1. Dialogar sobre as potencialidades das tecnologias digitais.
  2. Debater sobre os riscos potenciais das tecnologias digitais para as crianças e jovens.
  3. Refletir sobre as contribuições dessas tecnologias à realização de trabalhos intencionais de educação sexual numa perspectiva emancipatória.

 

Temos em consideração que a educação sexual faz-se presente na escola e na família por meio das músicas, das roupas, das expressões corporais, das piadas/anedotas, dos conteúdos expressos nos livros e nas revistas, mas também é mediada pelos telemóveis/celulares, pelos computadores portáteis, Ipads, tabletes, smartphones, enfim, por diferentes dispositivos.

Assim, são diversos os agentes promotores da educação sexual das crianças e jovens, nomeadamente a família, os grupos sociais, a escola,  os media e mais recentemente, as tecnologias digitais.

É importante, contudo, perceber também que esta educação é reforçada pela reprodução dos discursos hegemônicos produzidos ou/e reproduzidos pelos media e, muitas vezes, refletidos, informalmente,  nos discursos das famílias e dos professores e professoras.

De modo geral,  esta realidade é pouco percebida por essas instituições, resultando em uma receptividade maioritariamente passiva das informações recebidas.

No entanto, sabe-se que tais informações  exercem uma potencial influência no comportamento, nas posturas, nas atitudes, nos pensamentos, como no desenvolvimento da sexualidade das crianças e dos/das jovens. Além disso, ressalta-se que crianças e jovens estão cada vez mais envolvidos/as e ou integrados/as no mundo dos media e das tecnologias digitais.

 

Dessa forma, com a crescente expansão e a consequente massificação das tecnologias digitais, o acesso das crianças e jovens aos mais diversos tipos de informação ficou de difícil controle pelos adultos.

Diante disso, não restam dúvidas de que:

 

  1. O crescimento e desenvolvimento das tecnologias digitais nos trouxe uma série de benefícios e de novas oportunidades, especialmente o acesso a um número ilimitado e imediato de informações de todas as naturezas, assim como o encurtamento das distâncias e a aproximação de pessoas.
  2. Como mais um instrumento de apoio às famílias e professores e professoras, as tecnologias, se  bem utilizadas, contribuem no entendimento das crianças e adolescentes, especialmente no que tange a sexualidade e as relações de gênero.
  3. No entanto, estas mesmas tenologias digitais trouxeram consigo também os perigos do seu uso muitas vezes indevido e despreparado por parte das crianças e jovens.

 

Diante disso, levantamos alguns questionamentos:

  1. Qual a influência das tecnologias digitais para o desenvolvimento da sexualidade infantil e adolescente?  
  2. O que está acontecendo neste mundo virtual que nós (família e docentes) desconhecemos?
  3. Quais os perigos a que estão expostas as crianças e jovens em ambiente virtual?
  4.  Quais as potencialidades das tecnologias digitais para realização de trabalhos formais de educação sexual numa perspectiva emancipatória?

 

Estas e outras questões serão debatidas nesta II Etapa/2014 do Projeto e para o qual convidamos docentes, agentes de saúde, gestores,  demais profissionais e famílias.

As trocas de informações, relato de experiências e pesquisas,  fundamentadas em leituras científicas, certamente proporcionarão momentos de reflexão, aprendizagem e estímulo. Sempre em busca de novas ações no processo de educação sexual, numa perspectiva de direitos sexuais como direitos humanos.
 

Sejam bem-vindos/as a este espaço.

 

A Comissão Organizadora